O verdadeiro objetivo do conhecimento profético se alcança apenas pela reforma interior, e não pelo conhecimento acumulado em si mesmo.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Escala Torino


O Sol e os planetas do Sistema Solar interior (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) são exibidos na ilustração abaixo em pontos verdes, e cada ponto vermelho representa um asteroide. 

Órbitas de Mercúrio, Vênus, Terra (em branco)
 

A animação mostra um mapeamento das posições de Objetos conhecidos próximos à Terra (NEOs)  de todos os asteróides conhecidos nos últimos 20 anos, até janeiro de 2018. Atualmente, existem mais de 18.000 NEOs conhecidos e a taxa de descoberta é em média, 40 por semana.



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A Escala Torino foi criada pelo professor Richard P. Binzel do Departamento de Terra, Atmosfera e Ciências Planetárias, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

A primeira versão, chamada de "Índice de Risco de objeto Próximo a Terra", foi apresentada em uma conferência da ONU, em 1995.


Principais crateras de impacto conhecidas


Uma versão revisada do "Índice de Risco" foi apresentada na Conferência Internacional sobre NEOs, realizada em Turim (Torino), na Itália, em junho de 1999.

Os participantes da conferência votaram pela adoção da versão revisada, que foi renomeada de "Escala Torino", e reconheceram a necessidade da cooperação internacional, frente o perigo que se apresenta através dos NEOs.

NEO é o acrônimo do inglês "Near-Earth Object" (Objeto Próximo a Terra), termo usado para definir asteróides, meteoritos e cometas, cuja a órbita entra em algum momento, em interseção com a órbita da Terra. Quando ocorrem estas interseções, as chances de colisões, podem ser reais.

Temos exemplos bem conhecidos e contemporâneos, como em Tugunska na Rússia ou no Amazonas, Brasil, em Atalaia do Norte.

Localização do chamado "Evento Curuça", em Atalaia do Norte (AM)


Existe outra escala de medição baseada nesta, e com a mesma finalidade. É mais precisa, e recebe o nome de Escala Palermo.

A Escala Torino vai de Zero a Dez, dividida em CINCO graus de periculosidade:



ZERO - Eventos sem importância 

UM - merecem monitoramento 

DOIS/TRÊS/QUATRO - merecem monitoramento Cuidadoso 

CINCO/SEIS/SETE - Eventos Ameaçadores

OITO/NOVE/DEZ - Colisão certa




Com 10 graduações:

GRAU ZERO - Sem chances de colisão. Tb se refere a qualquer colisão espacial que dificilmente atravessaria a atmosfera e colidiria com o solo

GRAU UM - Chances de colisão improváveis. 

GRAU DOIS - Passagem próxima mas as chances de colisão são improváveis. Não é muito raro de acontecer. 

GRAU TRÊS - Passagem próxima com chance de 1 % ou mais de colisão capaz de causar destruição local.

GRAU QUATRO - Passagem próxima com chance de 1 % ou mais de colisão capaz de causar devastação regional.

GRAU CINCO - Passagem próxima com ameaça de colisão capaz de causar devastação regional.

GRAU SEIS - Passagem próxima com ameaça de colisão capaz de causar destruição global.

GRAU SETE - Passagem próxima com grande possibilidade de impacto em proporções catastróficas.

GRAU OITO - Colisão certa capaz de provocar destruição local. Acontece uma vez a cada 100 ou 1.000 anos.

GRAU NOVE - Colisão certa capaz de provocar destruição regional. Acontece uma vez a cada 1.000 ou 100.000 anos.

GRAU DEZ - Colisão certa capaz de provocar alterações climáticas globais. Acontece uma vez a cada 100.000 anos.


Na Escala de Torino, o que se encontram são previsões e não resultados efetivos de um evento. Portanto é uma escala em que algumas das variáveis aplicadas são subjetivas e sujeitas a mudanças, de acordo com a coleta de novos dados sobre o objeto em estudo, e sobre a mecânica de sua trajetória. 

Um objeto é numerado na Escala de Torino, em função da sua probabilidade de colisão, conhecimento este que avança na medida do tempo, e também de sua energia cinética, proporcional à massa do corpo e velocidade do mesmo. 

Apophis


Atualmente existe o Near-Earth Object Program, criado e mantido pela Nasa, com observadores e observatórios em todo o Mundo, Brasil inclusive, e que visa catalogar e monitorar os “objetos próximos a Terra”.

Clique aqui para ver os Diagramas Orbitais, ou aqui para ver a Tabela atual de Riscos, segundo o programa Near-Eatrh Object.

Choque de Jupiter com o cometa Schoemaker-Levy 9 , em 1994

Clique na imagem para ver simulação
  • Ao longo de seis dias, foram observados 21 impactos com fragmentos do cometa,
  • Cada uma das 21 explosões resultantes, acabaria com a vida humana na Terra,
  • A maior teve um raio de 6 mil Kms, ou seja, do tamanho de nosso Mundo.
Comet Showmaker-Levy 9 colliding with Jupiter in 1994


Rocha atinge Júpiter e provoca maior 
clarão desde 1994 
(Acréscimo de Junho/2022)
 
Uma rocha espacial atingiu a "superfície" gasosa de Júpiter em outubro do ano passado e o impacto dessa colisão, que pode ter sido a maior em 28 anos, foi tão forte que observadores aqui da Terra conseguiram capturar o fenômeno.  

De acordo com os cientistas que fizeram o registro, astrônomos e astrofísicos da Universidade de Kyoto, no Japão, essa explosão foi equivalente a 2 milhões de toneladas de TNT e provocou o maior clarão explosivo já capturado no gigante gasoso desde 1994, quando o cometa Shoemaker-Levy 9 atingiu o planeta com uma força de mais de 300 milhões de bombas atômicas. 

O estudo, que ainda não foi revisado por pares, também descreve que a rocha tinha uma massa de cerca de 4,1 milhões de kg e entre 15 a 30 metros de diâmetro, o suficiente para liberar uma energia de impacto equivalente ao meteorito Tunguska, que atingiu a Terra em 1908. (matéria jornalistica)

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1950 DA 
(Acréscimo de Julho2021)

1950 DA (asteroide 29075) é um asteroide Apollo, um esferóide assimétrico com diâmetro de 1.1 km, e gira ao redor do próprio eixo em 2.1 horas. 

Foi descoberto em 22 de fevereiro de 1950, por Carl Alvar Wirtanen.

Esse é o objeto que, segundo informações atuais (Julho/2021), tem maiores chances de impactar diretamente a Terra.

Segundo dados do JPL/NASA (Jet Propulsion Laboratory) , as chances de colisão no ano 2880, são de 1 em 8.300.


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Proporcionalmente, a Crosta terrestre é mais fina do que a casca de um ovo


Um Neo não exerce influencia gravitacional significativa sobre nosso Mundo, mas dependendo da composição, ângulo de entrada e dimensões do objeto, a colisão com um destes, produziria ondas de choque que varreriam o manto terrestre, gerando terremotos por todo a crosta e criando um imenso vulcanismo.

Imagine-se ao jogar uma pedra em um lago, não produziria ondulações ?

O choque com um NEO de proporções razoáveis poderia fazer o mesmo com o nosso manto, fazendo balançar o que estiver flutuando nele, ou seja, os continentes.

Isso sem falar na gigantesca camada de detritos que seria lançada na atmosfera terrestre, caso o objeto tenha seu impacto em terra firme. Caso caia em um dos oceanos, imensos tsunamis com ondas de velocidade quase supersônica, de centenas de metros de altura, seriam formadas.


E este evento também teria o potencial de criar uma “Mudança Polar”, evento o qual a crosta gira sobre o manto, fazendo com que as posições relativas de continentes sejam mudadas. Então e em relativas poucas horas, o Alasca poderia estar em uma zona tropical, e a África em uma zona polar.


A soma de todos os efeitos somados, por si só devastadores, também poderiam alterar o torque de rotação do planeta, trazendo ainda mais problemas, alterando seu Eixo imaginário e promovendo a Verticalização.

O torque pode ser entendido com a própria inércia da interação do manto e núcleo, ou seja, as correntes de material fundido circulando entre si, formam uma força manifestada no movimento giratório de toda esta interação. Isso é o torque, que gera o campo magnético da Terra e faz com que ela gire, sendo a inercia a manutenção continua deste movimento, já que nada o interrompe.

Em 2013, uma pesquisa liderada pelo Dr. Hrvoje Tkalcic da Universidade Nacional Australiana, demonstrou que o núcleo da Terra gira a diferentes velocidades, acelerando e desacelerando com frequência, e este movimento não é sincronizado com a da massa restante do planeta. Os pesquisadores descobriram que em comparação com o manto, o núcleo girou mais velozmente na década de 1970 e 1990, mas desacelerou na de 1980. "A aceleração mais dramática provavelmente ocorreu nos últimos anos, embora necessitemos fazer mais testes para confirmar esta observação", comentou Tkalcic, ao lembrar que Edmund Halley tenha especulado que as camadas internas da Terra rodavam em uma velocidade diferente, em 1692.

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Vênus, o nosso vizinho cósmico, é o único planeta do sistema solar que gira “ao contrário”, e uma das teorias mais aceitas sobre o motivo, versa sobre o choque com um objeto que teria feito o planeta girar como um pião, e mudando para sempre a orientação de sua rotação.

Marte, nosso outro vizinho e que já teve, segundo evidências, um meio ambiente propício a vida como conhecemos, possui a maior cratera de impacto do sistema solar, e este choque foi determinante para a condição atual do planeta.

Concepção do o que deve ter ocorrido no passado remoto


A mancha amarela abaixo, é a maior cratera de impacto do Sistema Solar,  
a cratera tem uma forma elíptica de 10.000 km de extensão 
e fica na região marciana de Tharsis.  


Uma equipe do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) calculou, 
graças a simulações, que o asteróide teria entre 1.600 e 2.700 km de diâmetro.


Outro corpo celeste que sofreu um forte impacto foi Urano, que possui um eixo imaginário com fortíssima inclinação, resultado de pelo menos um grande impacto com outro objeto celeste.

Rotação de Urano


Missões espaciais como a Deep Impact e o Wise,  contribuem para a coleta de mais dados sobre os NEOs, e fornecem informações para a criação de eventuais e futuras intervenções, visando evitar que um destes objetos de tamanho significativo, caia sobre nossas cabeças e extermine a vida humana, como ocorrido em pelo menos 4 das 5 grandes extinções do planeta Terra.

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A Pergunta
(Acréscimo de texto de 2013)



Em Março (2013) publiquei texto em alguns espaços sobre o evidente aumento do nível de informação e de preocupação com os NEOs. Como venho acompanhando isso há mais de uma década, percebo com clareza a mudança de algo que era "fantasia", para algo que está em nosso cotidiano planetário.


"E os NEOs?

Aos poucos o tema vem sendo divulgado publicamente, eu acompanhei este processo todo, mas então era um ou outro q esporadicamente passava próximo a nós.

Mas parece agora q há um "enxame" deles "tirando tinta" da Terra. Sei os numeros, são milhares deles, mas a periodicidade com q vem se aproximando parece estar menor.

E a queda na Russia? E agora dois cometas?

Mas se a preocupação já havia pela própria existência da Escala Torino e do "NEO Program" da Nasa, q atua em conjunto com outras agencias e instituições, a partir da missão Deep Impact até a atual missão da ESA, q visa testar um dispositivo para mudança de trajetória destes objetos, ela agora "salta os olhos".

Não estão mais estudando, estão APLICANDO, tudo em um curtíssimo espaço de tempo, se pararmos para refletir. A Escala Torino foi instituida por volta de 1998. A Deep Impact realizou sua missão apenas 7 anos depois, e em menos de 8 anos, já estamos realizando testes para desvia-los.

Pq tanta rapidez e preocupação?"

A Resposta ...
... é provável que seja esta, de Novembro/2013.

Cientistas advertem sobre maior probabilidade de impactos de asteróides

"A probabilidade de um asteroide bater na Terra é maior do que se pensava previamente, e poderia acontecer a cada três ou quatro décadas, de acordo com um estudo publicado na revista Science.
Esta pesquisa aconteceu como consequência do impacto ocorrido na cidade russa de Chelyabinsk, perto dos montes Urais, de um asteroide de 20 metros de diâmetro em fevereiro passado e que surpreendeu por sua incomum potência ao destroçar vidros a mais de 30 quilômetros em torno e provocar milhares de feridos.
Na época, os especialistas assinalaram que se tratava de um raro evento astronômico que acontecia a cada 100 ou 200 anos, e citaram que o último caso semelhante tinha acorrido em 1908.
“A imprevista chegada do meteorito e a violência do impacto foi uma chamada de atenção”, afirmou Qing-Zhu Yin, um dos autores do relatório e astrônomo da Universidade da Califórnia (EUA).
De fato, os resultados do incidente de fevereiro fizeram os cálculos serem reajustados, e a probabilidade do impacto está agora em cada três ou quatro décadas.
...
...
Um comitê da ONU vem estudando a questão recentemente e fez duas recomendações: por um lado, estabelecer uma Rede de Alerta Internacional de Asteroides e, por outro, pedir às diversas agências aeroespaciais para criar um grupo assessor para estudar tecnologias possíveis para desviá-los. "


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Missão Hera
(Acréscimo de Dezembro/2019)

A Agência Espacial Europeia (ESA) aprovou oficialmente (03/12/2019)  a Missão Hera, que vai avaliar os resultados do Teste de Redirecionamento Duplo de Asteroides (DART) da Nasa. O lançamento será no dia 9 de julho de 2021, com o foguete SpaceX Falcon, e vai alcançar o sistema de dois asteroides Didymos em outubro de 2022.


A sonda da Nasa vai colidir com Didymoon, o satélite natural de 165 metros de largura que orbita o Didymos, uma rocha espacial de 775 metros. Enquanto isso, os telescópios aqui na Terra vão documentar como o impacto afeta Didymoon e sua órbita, ajudando os pesquisadores a avaliar a eficácia da estratégia de desvio de asteroides por impacto. A equipe do DART espera há muito tempo dados de longo alcance complementados por observações de perto. 
Didymos e Didymoon
Apesar de o lançamento do DART estar programado para 2021, o Hera deve ser lançado apenas em 2023 ou 2024, chegando ao sistema Didymos dois anos depois. A sonda europeia vai coletar uma variedade de dados sobre as rochas espaciais com a ajuda de pequenos CubeSat, satélites miniaturizados usados em pesquisas espaciais, que realizarão pousos nos asteroides, segundo a ESA.

O Explorador de Prospecção de Asteroides (APEX), fornecido por um consórcio formado por Suécia, Finlândia, República Tcheca e Alemanha, vai investigar a estrutura interior e a composição da superfície das rochas do sistema. Além disso, a missão estudará sua estrutura e seu campo gravitacional.

Nasa confirma sucesso em alterar 
trajetória de asteroide
(Acréscimo de Outubro/2022)

A Nasa confirmou nesta terça-feira (12/10) que o impacto de sua espaçonave Dart na superfície do asteroide Didymoon, localizado a cerca de 11 milhões de quilômetros da Terra, conseguiu desviar a trajetória dele, como era a intenção da missão.

O administrador da agência espacial americana, Bill Nelson, disse que, antes do impacto, o Didymoon levava 11 horas e 55 minutos para orbitar outro asteroide maior, chamado Didymos, com o qual forma um sistema de asteroide duplo. A nave conseguiu reduzir essa órbita em 32 minutos.

"Teria sido um sucesso se tivesse desacelerado [a órbita] em apenas cerca de 10 minutos, mas na verdade a reduziu em 32 minutos", disse Nelson, comemorando o sucesso da missão realizada em setembro. A órbita do Didymoon agora se aproximou cerca de dez metros do outro asteroide, e a mudança resultante em sua trajetória é permanente.

Foi a primeira vez na história da humanidade que se tentou mudar a trajetória de um corpo celeste, como teste para um possível futuro caso em que se precise proteger a Terra de asteroides semelhantes ao que causou a extinção dos dinossauros há 66 milhões de anos. (matéria jornalistica) 

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(Acréscimo de Janeiro/2020)


Um estudo publicado hoje (21/01/2020) no periódico científico Nature Communications identificou o mais antigo ponto de impacto de um asteroide com a Terra, a Cratera yarrabubbacuja marca ainda é observável — ainda que de forma mínima.

Trata-se de uma cratera deixada há 2,2 bilhões de anos na superfície do nosso planeta. O buraco fica na porção ocidental da Austrália. Hoje, o que restou é uma pequena marca; no entanto, na época do choque, calcula-se que a cratera tivesse cerca de 64 quilômetros de diâmetro.


















Com o tempo, a erosão provocada pela chuva, vento, tectonismo e neve encobriram e reorganizaram a estrutura, o que a deixou praticamente irreconhecível em comparação com o passado. É justamente a intensidade dessa erosão que permitiu que os pesquisadores percebessem a antiga idade da cratera: quanto mais erosão, mais anos de existência. Além disso, amostras de terra do local foram testadas em laboratório para confirmar sua idade e verificar sua composição.

O período do impacto coincide com o fim de uma das Eras do Gelo pelas quais a Terra passou. Segundo os cientistas, o choque do asteroide com o gelo na superfície do planeta pode ter gerado vapor d’água suficiente para alterar o clima terrestre e antecipar o final do período glacial.


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Impactos causados por cometas 
(Acréscimo de Abril/2020)

 A hipótese do Impacto do Younger Dryas

Um novo estudo alerta sobre o risco que cometas podem representar à Terra mesmo quando se partem em dois ou mais pedaços - como aconteceu recentemente com o cometa interestelar 2I/Borisov e também com o cometa C/2019 Y4 Atlas, que poderia ficar visível no céu do mês de maio. 

De acordo com o artigo, um desses eventos, inclusive, pode ter causado o Impacto do Younger Dryas, há cerca de treze mil anos.

A hipótese do Impacto do Younger Dryas afirma que um resfriamento climático teria afetado o hemisfério norte da Terra durante 1.300 anos, causando a extinção de uma megafauna e exterminado a cultura Clovis, composta pelos primeiros habitantes do continente americano. A causa disso seria a queda de um objeto espacial.

Em seu novo estudo, o astrônomo William Napier, do Instituto de pesquisa astronomica de Armagh, na Irlanda do Norte, descreve como um cometa quebrado poderia ter sido o responsável pelo Younger Dryas e argumenta que esses pedaços de cometas poderiam ter ajudado a moldar o fluxo da vida na Terra.  Isso poderia acontecer novamente, segundo Napier.

Embora existam diversas evidências que sustentam a Hipótese do Younger Dryas, ela ainda não é comprovada. Por isso, muitos estudos são publicados, apontando os sinais de que um impacto, de fato, alterou o rumo da vida na Terra naquela época. Napier escreve que a ideia de um impacto cósmico "é apoiada pela presença de altas concentrações de poeira rica em platina em trinta locais no hemisfério norte".

Napier também menciona evidências de rápidas mudanças na flora e fauna combinadas com a platina - um elemento associado a asteroides e cometas - e outras indicações de impactos celestes com o rápido resfriamento do clima. Ele também cita evidências de incêndios florestais em grande escala ao mesmo tempo, quando até 10% da biomassa da Terra foi queimada em um período de semanas, talvez apenas dias.

Um dos candidatos a responsáveis pelo Younger Dryas é o cometa Encke, que ainda pode ser visto no espaço, mas teria se partido, arremessando um de seus pedaços na Terra.

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Não haveria muito a fazer
(Acréscimo de Maio/2021)

Um grupo de cientistas das agências espaciais dos EUA (Nasa) e Europa (ESA) realizou um exercício para estudar as opções para evitar o impacto de um asteroide com a Terra. E os resultados são preocupantes: mesmo que a rocha fosse detectada com seis meses de antecedência, não haveria muito o que poderíamos fazer para evitar um desastre de grandes proporções.

O exercício, que durou quatro dias, considera um asteroide hipotético chamado 2021PDC, com tamanho “entre 34 e 800 metros” e detectado a 56,3 milhões de km de nós. A cada dia os cientistas avançavam algumas semanas no tempo e descobriam mais detalhes da ameaça, como seu tamanho e trajetória.

Novas análises da trajetória mostram que 2021PDC “certamente” irá atingir a Europa ou o Norte da África. Começam os esforços para projetar uma missão que possa destruir o asteroide ou alterar sua trajetória. 

Mas os cientistas concluíram que tais missões não seriam capazes de decolar no curto espaço de tempo antes do impacto. “Se confrontados com o cenário hipotético de 2021PDC na vida real, com a capacidade atual não seríamos capazes de lançar qualquer espaçonave em tão pouco tempo”, disseram os participantes.



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monitorado enquanto se aproxima do Sol
(Acréscimo de Julho/2021)

Os astrônomos descobriram o maior cometa conhecido até hoje, e ele é cerca de mil vezes mais maciço do que outros.

O cometa Bernardinelli-Bernstein, assim chamado porque foi encontrado pelo estudante de graduação do Departamento de Física e Astronomia da Universidade da Pensilvânia, Pedro Bernardinelli, e pelo professor Gary Bernstein, tem entre 100 a 200 quilômetros de diâmetro. A equipe anunciou a descoberta em junho/2021.

A viagem do cometa começou a mais de 6 trilhões de quilômetros de distância do sol, ou 40.000 unidades astronômicas. A distância entre a Terra e o Sol é uma unidade astronômica. Para referência, Plutão está a 39 unidades astronômicas do Sol.

O cometa veio da Nuvem de Oort, um grupo isolado de objetos gelados que estão mais distantes do que qualquer outra coisa em nosso sistema solar. Os cientistas acreditam que é de onde vêm os cometas, mas eles nunca realmente observaram um objeto dentro da Nuvem de Oort.

O cometa Bernardinelli-Bernstein está atualmente a cerca de 3 bilhões de quilômetros de distância - aproximadamente a distância de Urano do Sol - e em seu ponto mais próximo em 2031, será apenas um pouco mais do que a distância de Saturno ao Sol. 


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desviar asteroide que poderia acabar 
com vida na Terra 
(Acréscimo de Julho/2021)

Como num filme de ficção científica, pesquisadores chineses traçaram um plano de enviar 23 dos maiores foguetes da China para desviar um asteroide enorme, algo que poderia ser crucial caso um corpo celeste entre de fato em rota de colisão com a Terra.

Segundo especialistas do Centro Nacional de Ciências Espaciais do país, simulações matemáticas apontaram que a estratégia de foguetes atingindo simultaneamente um grande asteroide poderia desviá-lo de seu caminho original a uma distância de 1,4 vezes o raio da Terra.

Os cálculos são baseados em um asteroide chamado Bennu, que orbita o Sol e é tão largo quanto o arranha-céus Empire State Building, em Nova York, que tem 381 metros de altura e está entre os 50 maiores edifícios do mundo. 

O Bennu pertence a uma classe de rochas com potencial para causar danos regionais ou continentais — estima-se que asteroides medindo mais de 1 km poderiam gerar consequências globais.

Nele, os cientistas afirmam que "os impactos de asteroides representam uma grande ameaça para toda a vida na Terra" e que a estratégia de lançar algo contra eles é a abordagem mais possível, porém com efeito limitado.

Por isso, eles passaram a calcular o envio de um conjunto de objetos contra eventuais asteroides em rota de colisão com o planeta.

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Dados secretos revelam que objeto interestelar 
explodiu sobre a Terra 
(Acréscimo de Abril/2022)

Documento liberado pelo Comando Espacial dos EUA, USSC, revela que a bola de fogo que atravessou os céus de Papua Nova Guiné em 2014 era na verdade um objeto em movimento ultrarrápido, vindo de outro sistema estelar. Cientistas já alertavam sobre essa possibilidade, mas só com a liberação de dados secretos a origem foi confirmada.

O objeto, um pequeno meteorito de apenas 45 centímetros de diâmetro, atingiu a atmosfera da Terra no dia 8 de janeiro de 2014, com uma velocidade estimada em mais de 210 mil km/h, que excede em muito a média da velocidade dos meteoros que orbitam dentro do sistema solar.

Um estudo feito em 2019 argumentou que a velocidade da pequena rocha, juntamente com a trajetória de sua órbita, indicava com 99% de certeza que a origem do objeto estava muito além do nosso Sistema Solar, muito possivelmente vindo do interior profundo de um sistema planetário ou de uma estrela dentro do espesso disco da Via Láctea.

Agora, pesquisadores do USSC confirmaram oficialmente as descobertas da equipe e em memorando datado de 1º de março de 2022, o tenente-general John E. Shaw, vice comandante do USSC, escreveu que a análise feita em de 2019 era de fato “suficientemente precisa para confirmar a trajetória interestelar do objeto. 

Essa confirmação tardia faz do meteoro de 2014 o primeiro objeto interestelar já detectado em nosso sistema solar.

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Processo continuo e gradual
O Choque com um NEO pode representar uma enorme tragédia para a Humanidade, e devemos buscar nos prevenir disso. Portanto iniciativas como as da NASA e da ESA para nos proteger de PHOs (Potentially Hazardous Objects) ou Objetos potencialmente perigosos, são muito bem vindas. O conceito de PHOs engloba o de PHAs (Potentially Hazardous Asteroids), sendo mais recente e amplo por abranger também os cometas.

Por outro lado, por exemplo, o choque com um NEO de proporções gigantescas nos deu a Lua, e sem nosso satélite o desenvolvimento da vida na Terra seria impossível.

E bilhões de anos depois, outro evento menor mas similar, ocorrido há 65 milhões de anos, possibilitou a ascensão dos mamíferos, cuja a evolução resultou em Nós, os Seres Humanos.


Portanto o choque com NEOs demonstra ser um processo contínuo e natural, que destrói mas também cria condições para o desenvolvimento da vida e sua evolução.

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Profeticamente falando



Alguns exemplos:
Jeane Dixonvidente norte-americana de renome e que acertou diversas previsões, como o lançamento do Sputnik e a morte de Kennedy, também profetizou que "Ocorrerá algo que abalará literalmente a Terra... um fenômeno natural que, creio, será a intervenção divina, algo como um meteoro. Acontecerá numa questão de minutos e envolverá o deslocamento das águas ...

... A Terra tremia sob meus pés. Depois, foi como se o mundo deixasse de girar em redor de seu eixo. Vi que, neste século, haverá muitas mudanças geológicas e geográficas, bem como inúmeros terremotos. ... Onde agora existe água, haverá terra, e onde agora há terra, haverá águas revoltas e violentas, que correrão e destruirão tudo que encontrarem à sua passagem.

São Pio (Padre Pio de Petrelcina), Padre Italiano que foi canonizado por João Paulo II, e que jamais teve qualquer ligação com os demais citados, também afirmou que "Um meteoro cairá sobre a Terra e tudo estremecerá. Será um desastre muito pior que uma guerra. Muitas coisas desaparecerão. Esse será um dos sinais... a terra tremerá e o pânico será grande... o terremoto será como uma serpente deslizando por todos os lados. E muitas pedras cairão e muitos homens morrerão... Os homens viverão uma experiência trágica. Muitos serão arrastados pelas águas, muitos serão transformados em cinza pelo fogo...

Outro exemplo é o de Benjamim Solari Parravicini, vidente argentino que registrou o futuro do Mundo em mais de mil desenhos premonitórios, e que previu que "Um planeta será ferido por um planeta apagado que roda os espaços. Esse planeta será a terra. A ferida do choque será na parte sul do hemisfério Norte e arrancará grande parte. Então o mundo terra vai tremer como um vulcão, igual a quando foi arrancado o pedaço da "América do Sul" hoje chamado no alto de "Suna". De novo o diluvio de novo a escuridão, de novo o eixo em seu lugar, de novo o rodar e um novo mar no fosso deixado, e de novo outra lua que brilhará mais.".

Os três exemplos acima dizem a mesma coisa, que haverá um choque de um NEO (Near Earth Object - Objeto próximo a Terra) com a Terra, que as águas tomarão terras secas, que haverá a escuridão (3 dias de escuridão da Bíblia, 3 dias e 4 noites de escuridão no Corão), e que o Eixo imaginário de nosso Mundo sofrerá alteração, dentre outros eventos.


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Curiosidade:

'Comet fever pills' e 'Anti-comet pills'



Durante a passagem do Cometa Halley em 1910, espalhou-se o boato global de que o cometa atingiria a Terra e que seria o fim do mundo. Isso de fato causou pânico em milhares de pessoas. O choque com a Terra foi desmentido, embora muitos tenham até cometido suicídio por causa disso. 


Mas logo espalharam-se novos boatos de que embora o cometa não atingisse a Terra, que passaria perto o suficiente para sua cauda interagir com nossa atmosfera, o que liberaria gás Cianeto altamente venenoso, que se espalharia na atmosfera e todos sufocariam. Rapidamente charlatães enriqueceram com a venda de máscaras de gás, garrafas de oxigênio e "Comet Pills".

As "Comet Pills" supostamente protegiam as pessoas do gás cianeto que as mataria, e as Vendas dispararam.






(clique nas imagens para amplia-las)

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